quinta-feira, abril 27, 2006

Incontornável

Há figuras que por vezes são injustamente esquecidas, ou pior, lembradas pelas razões menos interessantes. Evocam-se factos exclusivos da sua vida particular, olvidando-se o que realmente interessa: a música que fazem.
É claro, que muitas das vezes, grande parte da responsabilidade cabe aos próprios, que não só se expõem, como fazem todos os possíveis por chamar a atenção.
Elton John é um excêntrico por natureza, e nem sempre aparece nas primeiras páginas pelas melhores razões, mas não reconhecer o seu peso no panorama musical do último meio século, seria facciosismo, ou mesmo, pretensiosismo intelectual.
Elton parece ser um dos últimos moicanos que ainda faz música pelo gozo que dá, e que se recusa a chorar a vida, como parece ser moda, preferindo continuar a cantá-la. É certo que a sua carreira perdeu fulgurância – quanto a mim, a sua obra mais conseguida continua a ser o seu 2º álbum, o que tinha o seu nome como título – mas ouvir os seus trabalhos dos anos 70, continua a ser um prazer. É verdade que as líricas de Bernie Taupin não são de desprezar, mas na sua obra, a melodia tem um papel primordial. É a música pela música, e feita com um gozo tão grande, como o que sente quem ouve.
Claro que pelo meio, aparecem umas piroseiras insuportáveis. Mas quem não desculpará esses deslizes ao ouvir pequenas obras de arte como Your Song?

Elton 2

1 Comentários:

Blogger vague diz que...

Bird,
Quando falaste que tinha acabado com a gazeta eu vi o copo meio vazio; ainda bem q me enganei: a gazeta era à preguiicite :)))
Hás-de fazer-me um roteiro na fnac, caro amigo, um dia destes, está combinado, sim.
E leva a tua intérprete preferida :))
beijinhos dois**

9:29 da manhã  

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