25 Anos sem Lennon
Dentro de breves dias, 8 precisamente, perfazem-se 25 anos desde o dia em que John Lennon, um dos ícones do século XX desapareceu, assassinado por um fã tresloucado
O anúncio da sua morte, num frio dia 8 de Dezembro, chegou seco. A princípio nem queria acreditar, tal o choque. Mas aos poucos fui assimilando que um dos símbolos da minha geração tinha desaparecido.
Só quem viveu aqueles tempos pode avaliar o que era a ansiedade de aguardar pelo próximo single ou LP dos Beatles. E eles nunca desiludiam. Pelo contrário, parecia sempre que só podíamos esperar que o melhor seria o próximo.Passei com a sua música muitos dos melhores momentos da minha vida
John marcou uma geração com o seu génio musical.
Mas não só. Teve um papel importantíssimo na mudança de mentalidades da época, e dele ficará a memória da sua fina ironia, como quando, estando os Beatles a actuarem perante a fleumática aristocracia britânica, pediu ao povo da plateia que batesse palmas, e à nobreza que sacudisse as jóias.
Para a posteridade ficará a sua afirmação de que “Os Beatles são mais conhecidos que Jesus Cristo”. Se não o eram, nessa altura passaram seguramente a sê-lo.
Mas se a vertente mais importante de John era a de homem da cultura – era não só músico, como escritor e pintor – nunca poderá ser esquecido o militante pelas igualdades entre raças ou entre homem e mulher, o homem solidário, o lutador pela paz entre os povos.
Como o atestam canções como Give Peace a Chance, Power to the People, Working Class Hero ou Woman
Acima de tudo, o ser humano crente na utopia de um mundo sem desigualdades e fraterno, de que deu voz no imortal “Imagine”, hino dos oprimidos.
O génio de Liverpool permanecerá como figura ímpar de toda uma geração: a minha.
Até sempre, John.
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