As músicas da minha vida - V
P. J. Proby era o senhor do excesso, da excentricidade a roçar por vezes o ridículo, simbolizava a procura quase doentia de evidência, de fama, não importando muito os artifícios a que se recorre para o conseguir. No caso dele, bastaram umas calças de veludo demasiado justas entre pernas, que se rasgavam durante a actuação. E o facto é que, para além do seu inegável talento - mais evidente em actuações ao vivo, que eram sempre espectaculares - era esse acontecimento “inesperado” que atraía as milhares de fans inglesas aos seus concertos. E foi na Grã-Bretanha que conseguiu a notoriedade que a Califórnia natal sempre lhe negou.
Sol de pouca dura, porque a vida desregrada e as decorrentes bancarrotas o remeteram novamente ao anonimato. Curiosamente, nos anos 90 tentou relançar a sua carreira com algum sucesso, mas nunca atingindo a notoriedade de outrora. E continua a ter clubes de fans.
É dele a talvez mais conhecida versão (original será, disso não tenho dúvidas) deste Rock da Pneumonia e o Boogie-Woogie da constipação
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