Uma música límpida
Os Searchers foram pioneiros no uso da guitarra de doze cordas, e só por isso mereciam ser recordados. - o riff de Needles and Pins foi até usado pelos Byrds no seu Feel A Whole Lot Better. Mas a importância deste grupo de skiffle não se resume a essa particularidade.
Os seus membros juntam-se ainda nos fins dos anos 50, mas é um pouco antes da explosão da Beatlemania que ascendem aos tops, e mesmo já em pleno reinado do grupo de Liverpool, conseguem colocar vários singles no 1º lugar de vendas o NME. E merecidamente.
A sua música é límpida, de acordes simples e luminosos, de uma harmonia e arranjos a roçar a perfeição, a demonstrar que não é preciso complicar para se fazerem boas canções. E na verdade, a sua sonoridade inconfundível em apoio a uma vocalização afinada e sem qualquer motivo de reparo, tornou-os numa das referências dos anos 60, num meio superpovoado de grupos semelhantes.
É curioso que, do outro lado do Atlântico e na mesma altura, surgia um grupo com uma sonoridade de certa forma parecida, mas de longevidade muito superior e evolução muito diversa e cuja popularidade atingiu proporções estratosféricas, os Beach Boys. Mas é certo que no início os achava muito parecidos, talvez porque as suas referências fossem semelhantes.
Como muitos naquela época, a sua estrela foi esmorecendo e embora continuassem a tocar até aos anos 80(com muitas mudanças na sua composição) desde meados dos 60 nunca mais conseguiram qualquer notoriedade.
Da sua época de ouro, deixaram, não só bons originais, como também algumas excelentes covers de clássicos dos R&B, como Love potion nº9
Num campo muito diferente, pois os seus elementos tinham uma formação de blues, e quase pela mesma altura, aparece um grupo que tomou o nome do seu teclista, Manfred Mann, que merece uma referência á parte, mas que hoje trago aqui por causa do seu primeiro grande êxito, “Do Wah Diddy”. Isto por três motivos, o primeiro, pela inspiração do título, o segundo, porque a musiquinha foi durante muito tempo um êxito monumental, e como as músicas dos Searchers, era indispesável em qualquer baile que se realizasse na capital, fosse ele na Academia de Santo Amaro ou nos Combatentes, fosse particular, e a terceira, porque era uma canção muito deslocada na discografia dos Manfred, à excepção talvez de uma que se chamava 5,4,3,2,1.
No ultimo post tinha prometido trazer aqui novidades em blues. Mas a verdade é que estive a fazer uma busca e cheguei à conclusão de que só adquiri um original, de Carey and Lurrie Bell, Second Nature. De resto, só reedições. Dignas de nota, uma de Buddy Guy (estou à espera do último dele, que foi editado em Setembro “Bring ‘Em in”), com Júnior Wells, e outra de John Lee Hooker.
Logo que chegue o do Buddy Guy, falo dele.
Ah! A Cheapolata lançou umas colectâneas de blues baratíssimas e bastante boas. Aliás, excelentes para quem conhece pouco de blues e se quer iniciar.
Nota:- Ouçam as outras 2 músicas. Vão ver que sou capaz de ter razão
3 Comentários:
Offpost: Natal não são só compras, não são só luzes a brilhar, não são jingles no ar nem correrias atrás de prendas nem sonhos fritos em óleo... Natal é estarmos juntos de quem amamos e recordarmos aqueles de quem sentimos a falta, com amizade e muito amor, e é pensarmos que queremos que todos à nossa volta sejam felizes, mesmo aqueles de quem não gostamos mesmo nada e enchermo-nos de alegria, saudade, tristeza e todas as emoções boas da vida.
Desejo-te amor, saúde e paz nesta Quadra e um Mega 2006!
Hugzz vindos da chaminé
mais um grande post
Obrigado, mrsHarry Lá irei :-)
Grande abraço e votos retribuidos, Kraak :-)
Grato, amigo Sgtz
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