Os blues Irlandeses
Rory Galagher sempre foi uma personalidade á parte no panorama dos rock/blues ingleses. Um dos mais ilustres guitarristas da sua geração, seguidor indefectível dos velhos bluesmen, um purista por excelência, que, contudo, nunca deixou que a sua arte estagnasse. Modesto, viveu até á sua morte de forma quase anónima em Londres, recusando sempre atitudes e hábitos de vedeta. Era "mais um" na grande cidade, apesar da carreira excepcional que protagonizava.
Este irlandês que morreu no início dos anos 90 devido a complicações após um transplante de fígado, começou por destacar-se como solista de um trio, os Taste, nascidos no final da década de 60, como réplica aos Cream, de deus Clapton. Contudo, o grupo não sobreviveria muito tempo. Dois anos depois, Rory iniciava a sua carreira a solo, desdobrando-se na edição de discos e em actuações ao vivo.
As influências da sua musica iam de Muddy Waters a Buddy Guy ou Albert King, sempre no campo impoluto dos blues, com alguns dos quais gravou discos imperdíveis.
No entanto, pode-se dizer que os restantes discos que gravou raramente fizeram jus ao seu talento. Talvez por sentir isso, cedeu a editar vários discos ao vivo. Na verdade, algumas das suas actuações ficaram memoráveis para quem assistiu, in loco ou nos registos filmados que há, nomeadamente um do qual corre um excerto no Youtube, em que Rory, que, diz-se, nunca tinha ouvido Politician, o toca somente mediante as indicações do seu parceiro de palco, o baixista Jack Bruce.
Além dos discos, de que era um fanático coleccionador, era impressionante o número de guitarras que faziam parte do seu espólio.
Por cá, parece-me que Rory nunca foi grandemente apreciado, à semelhança aliás de outros grande guitarristas, como Paul Kossof ou Robin Trower
1 Comentários:
O Rory tinha um disco ao vivo que passava imenso na rádio, eram os anos setenta... a idade de ouro do rock.
um abraço cinéfilo
paula e rui lima
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