terça-feira, outubro 11, 2005

Woodstock 69 - A verdadeira Utopia


Há uns tempos atrás, saiu uma edição de 4 discos, comemorativa dos 25 anos do 1º festival de Woodstock, em 1969. Ouvi e verifiquei que era mais completa do que as anteriores, embora mesmo assim tivesse algumas lacunas assinaláveis, por isso, comprei-o
Woodstock ficará para sempre como um marco, não só na história da música popular, mas também na da juventude de todo o mundo, podendo ser talvez considerado o culminar de um ano de contestação por excelência, à guerra do Vietname, à discriminação racial, na sequência dos recontros de Maio de 68 em Paris.
Pessoalmente, foi um ano muito importante, e por isso terá sempre um lugar especial no meu livro de memórias, e não decerto, por ter sido o da primeira alunagem.


Talvez o filme mais emblemático desse ano, para todos nós que o vivemos, tenha sido o Easy Rider, e o seu hino principal, “Born to be Wild”, dos Steppenwolf, que encerrava em si o desejo de liberdade de toda uma geração.
Voltando ao festival que dá mote ao texto, realizou-se ele num Agosto em que andava por terras de Santarém, longe de todos, saudoso de casa e da família, e mais ainda, como muitos da minha idade, frustrado por não poder partilhar aqueles dias de magia onde estariam presentes quase todos os grandes nomes da cena musical de então, alguns já quase esquecidos, como
woodstock1
John B. Sebastian, fundador dos Lovin’ Spoonful, uma das bandas de top da West Coast a par dos Jefferson Airplane de Grace Slick, ou os Canned Heat com o seu boogie-woogie incomparável, Country Joe and the Fish, os Grateful Dead.

Jefferson Airplane – Somebody to Love

Outros, vivos ou mortos, permanecem bem nítidos, como Jimi Hendrix que nesse concerto conseguiu uma das suas mais mediáticas aparições públicas, ou Janis Joplin, que teve uma récita memorável. Estupidamente como tantos outros, desapareceriam no ano seguinte.
Uma das aparições que mais me fascinaria seria a dos Who, que representavam muita da irreverência da geração dos 60, principalmente através das sempre coloridas aparições do seu baterista, Keith Moon, e do solista Pete Townshend

The Who – I can’t Explain

Aquele, foi um tempo estranho. O tempo em que, candidamente, ainda acreditávamos que o amor poderia ser livre, que as comunidades hippies seriam o futuro da humanidade. Mas a ingenuidade foi-se perdendo e as esperanças num universo mais fraterno ficariam pelo caminho.
Mas apesar de tudo, a utopia permanece
Woodstock2

1 Comentários:

Blogger Unknown diz que...

adorei o blog..
to pensando em voltar com o meu
quizer um contato de conversas online: D

achei osa cds de woodstock.. que ai achei o seu blog pesquisando tb : D

um abraço

thaisk_@hotmail.com

1:20 da manhã  

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