quarta-feira, setembro 28, 2005

Sonhos Psicadélicos em Rosa

Ouvi pela primeira vez os Pink Floyd obviamente no Em Órbita, com a canção Arnold Lane, e logo a seguir com See Emily Play,


Pink Floyd – See Emily Play

mas comecei a conhecê-los a sério através de um colega de liceu que nesse ano passou uma parte das férias grandes em Inglaterra, na apanha de morangos (strawberry fields forever, yes!), onde, além de umas férias diferentes, ia sempre arranjar umas massas por fora para, acima de tudo comprar uns discos que cá não havia. Nesse ano, em plena era psicadélica, um dos discos que ele trouxe debaixo do braço, era o The Piper at Gates of the Dawn, um LP que me impressionou, de tal modo nunca tinha ouvido nada semelhante, apesar de nesse mesmo ano ter sido editado aquele que é um dos marcos maiores da música do século XX, e mais especificamente do psicadelismo, o Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band.

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Era o começo da música espacial, como aliás algumas canções nele incluído, sugerem, ex. Astronomy Domine ou Interstellar Overdrive, e também a obra percursora da vaga do chamada rock sinfónico, que integrou nomes tão notáveis como Camel ou Yes, Jethro Tull ou Hawkwind, Tangerine Dream ou Kraftwerk, King Krimson ou Alan Parsons.
Foi o único que Syd Barrett verdadeiramente marcou, apesar de ainda hoje haver pinkfloydianos (?) que dizem que os Pink nunca mais foram os mesmos sem o seu génio.
Se se falar nos Génesis, e por muito respeito que eu tenha pelos excelentes músicos que são Steve Hackett e Mike Rutherford, o grupo, para mim, só existiu até à saída de Peter Gabriel, e sempre achei que Phil Collins teria feito bem melhor se se tivesse mantido só na bateria. Quando se fala dos Dire Straits, só me lembro de Mark Knopfler. Mas aos Floyd, sempre os vi como um grupo, pelo que considero que essa opinião é uma enorme injustiça para com os que ficaram, mais David Gilmour, o guitarrista que o substituir, que deixaram uma das melhores e mais influentes discografias da 2ª metade do século.
Na verdade, se de Atom Heart Mother (um dos meus álbuns preferidos)
Pink Floyd - If (Atom Heart Mother)

ou Ummaguma se pode dizer que não são obras muito divulgadas, Dark Side of the Moon é uma obra universal, Animals é uma parábola superior e Wish You Were Here um dos melhores álbuns de sempre, tal como The Wall, a obra universal com que, praticamente encerraram uma carreira ímpar.
A par da carreira em grupo, tanto David Gilmour como Roger Waters editaram discos a solo, dos quais se destacam The pros and cons of Hitch Hicking, de Waters, e o auto-intitulado, de Gilmour. Mas principalmente, e pela sua originalidade uma vez que nele quase só eram ouvidos os ruídos produzidos pelo corpo, o álbum de Waters de 1970, "Music from "The Body".
Guardo também com muito cuidado um VHS do concerto dos Pink em Veneza, transmitido pela televisão em directo há uns anos largos atrás. Uma pena nunca ter sido editado um dvd com esse magnífico concerto, quanto mais não fosse pela atmosfera feérica que o rodeou. Um espanto!
- Faço aqui uma ressalva para fazer notar que as opiniões que aqui expresso reflectem somente os meus gostos pessoais e nada mais que isso. Além do mais, não tenho pretensões a crítico musical.
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Pink Floyd – Wish you were here

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quinta-feira, setembro 22, 2005

Arroz Irlandês

Quando há uns meses atrás me decidi a deitar mãos a este espaço, estava no seu ocaso um fenómeno de popularidade nos blogs portugueses, pelo menos naqueles que possuem música de fundo: Damien Rice. Cheguei até a ler um ou outro lamento mal-disposto, do género: “Arre, porra, que já estou farto/a de abrir blogs e só ouvir o Damien”.
Tal facto, inibiu-me um pouco de até hoje o invocar aqui, apesar de ser um seu ouvinte atento e grato, quase de 1ª hora.
Refere-se por vezes que as unanimidades são caso para desconfiar, o que aqui não está, na minha óptica, em causa. O 1º trabalho público de Rice é magnífico, e digno de todas as atenções. Se algo de estranho houve nesta onda que percorreu a comunidade bloguística nacional, foi o atraso com que se verificou, uma vez que o trabalho foi editado já em 2003. À 1ª vista, dá ideia que houve por parte do público alguma dificuldade em assimilar a obra. Contudo penso que o que houve foi uma deficiente divulgação. Curiosamente, o “boom” deu-se após a estreia por cá do filme “Closer” cujo tema de fundo era uma das canções mais tocadas do álbum do Rice
Referindo mais em concreto o álbum focado, único até agora embora tenha também saído uma espécie de máxi-EP com versões alternativas de duas das músicas do álbum, Volcano e Delicate, mas que continha quatro canções inéditas, entre as quais a magnífica Woman like man, é um trabalho intimista, de grande profundidade lírica e de ambiente musical superlativo e quase irreal, que deixa quem o ouve, em êxtase. Um trabalho sem falhas, em que o ouvinte terá sempre uma dificuldade enorme em eleger a sua música favorita.


Damien Rice – Amie

Tenho reflectido sobre como será o seu próximo álbum, e se é dado adquirido que o 2ª trabalho de um músico é sempre o mais difícil, no caso de Damien Rice será redobrada a dificuldade, e uma tarefa que lhe vai exigir muita inspiração, sangue, suor e lágrimas.
Mas sobretudo, tenho muitas dúvidas que durante os próximos tempos surja uma obra que me encha as medidas como “O” preencheu.
Entretanto, e tendo o seu trabalho, conhecido o merecido reconhecimento, tem sido chamado a colaborar em gravações de outros artistas, como foi o caso do grande Herbie Hancock, que o chamou para um dueto com a sua parceira de há algum tempo, Lisa Hanningan, no seu álbum “Possibilities

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Damien Rice – Cold Warter

domingo, setembro 18, 2005

forever Young


May God bless and keep you always,
May your wishes all come true,
May you always do for others
And let others do for you.
May you build a ladder to the stars
And climb on every rung,
May you stay forever young,
Forever young, forever young,
May you stay forever young.
(Bob Dylan - Forever young)

Fossem estas palavras de Dylan dedicadas a Neil Young, e subscrevê-las-ia eu na íntegra. Penso que mais alguns da minha geração e outras muito mais jovens, e que têm tido o privilégio de conhecer a música do grande músico canadiano o fariam também.
Conheço-o desde os tempos em que fazia parte de um agrupamento de country-rock, na linha dos Byrds, de que hoje poucos recordarão, os Buffalo Springfield, ao qual pertencia também Stephen Stills, que mais tarde o acompanharia noutras aventuras


(Buffalo SpringfieldMr. Soul)


Embora o grupo tenha sobrevivido apenas dois anos, a influência deixada na música americana foi demasiado importante para ser ignorada, e grupos tão marcantes como os Jefferson Airplane, Nitty Gritty Dirt Band ou os The Band, não o renegavam. Mas Neil sempre foi um solitário, e a sua música ganhou expressão universal quando se lançou na carreira a solo, interrompida após dois álbuns (ambos notáveis, com realce para o 2º, onde pontifica o magnífico Everybody knows this is nowhere) , para formar um dos grandes super grupos da história do rock, os Crosby, Stills, Nash & Young, regressando após a gravação do álbum Déjá Vu, à sua condição de lonesome cowboy.



(Crosby, Stills, Nash & Young, - Helpless)



Não o podia ter feito de melhor forma. Se Déjà Vu era uma obra de grande fôlego, colectiva embora cada elemento, e Neil mais vincadamente, deixasse nele impressa a sua marca pessoal, o seu 3º álbum a solo, After the Gold Rush, é uma obra-prima, onde o seu talento transpira do 1º ao último acorde. A sensibilidade, o lirismo levado quase ao extremo em faixas como a que dá nome ao álbum, Don’t let you brings you down ou ou aquela que aqui deixo, dão-lhe uma atmosfera quase irreal. Recordo-me sempre do arrepio que senti quando ouvi o LP do princípio a fim, e repetido depois inúmeras vezes, até o vinil ficar gasto e inaudível. Pertencerá sempre ao meu top 10 de álbuns


(Neil Young Only love can break your heart)


Desde então, a sua música, abrangente e transversal a gostos – Neil tão depressa canta uma balada aparentemente frágil apoiado no dedilhar sábio da sua viola acústica, como se atira a um rock electrizante e frenético - afirmou-o como um dos grandes nomes do panorama musical, mantendo um padrão elevado e sempre imune a modas, intransigente com facilitismos, e legou-nos até hoje alguns dos melhores álbuns da musicografia norte-americana, nomeadamente Harvest ou Rust Never Sleeps, com os Crazy Horse, um extraordinário álbum com algumas faixas gravadas ao vivo e do qual costumo dizer que só a um génio como Young seria permitido desafinar assim publicamente.
Nota – Recentemente a saúde de Neil sofreu um abalo. Recuperou, e gravou novo álbum, Prairie Wind. Uma só palavra para o definir : Excelente

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terça-feira, setembro 13, 2005

Canções...diferentes II - P. J. Proby

Justificadamente, o nome de P. J. Proby, em Inglaterra, está ligado a uma certa maneira excêntrica de ser e estar.
Provavelmente, ninguém por cá o conhece, a não ser meia dúzia de pessoas que ainda se lembra de o ouvir no “Em Órbita”. Aí, sempre foi uma espécie de nota de bizarria nas emissões, e os habituais ouvintes esperavam – sentimento transmitido pelo locutor habitual – com alguma curiosidade cada seu novo trabalho.
P.J. nasceu nos Estados Unidos, e curiosamente, fez, tal como os Walker Brothers e Jimi Hendrix (este, mais tarde), o percurso inverso da British Invasion, na busca do reconhecimento que não conseguiam nos Estados Unidos. Companhia privilegiada, portanto.

Era um intérprete de talento, com uma voz fora do comum, que abarcava todas as notas da escala, da mais grave à mais estridente. Podia cantar como Elvis ou Gene Pitney, boogie-woogie, rockabilly ou soul. Era versátil, embora por vezes, exuberante de mais
E se o talento não chegou para o levar aos tops, teve a ajuda do acaso e dessa sua faceta exuberante que se estendia também ao modo como se apresentava em cena: usava uns sapatos negros de fivela centrada, uma camisa de mangas tufadas, tinha uma enorme cabeleira negra, apanhada em rabo-de-cavalo por um laço de veludo negro, tecido de que eram também as calças, justíssimas. Quem assistia aos seus espectáculos pensaria estar na presença de Barry Lyndon, himself.
Foram as calças as responsáveis pelo boom de P.J. Numa noite em que os movimentos em palco foram mais amplos que o habitual, as ditas rasgaram-se no sítio menos conveniente (para ele, terá sido muito positivo), e o escândalo provocado deitou-o para as primeiras páginas dos jornais.
P.J. sabia que a sorte raramente bate duas vezes à porta, e aproveitou a onda. E era certo e sabido que, em cada novo espectáculo, a partir daí sempre esgotado, as calças de Proby, costuradas cirurgicamente, iriam rebentar precisamente no mesmo sítio. E assim se foi P.J. projectando, algumas vezes com algumas bizarrias, mas já se sabe, quando se cai em graça, quase tudo é desculpado.
Infelizmente para ele, a sua exuberância estendia-se à sua vida particular, e os seus ganhos eram sempre irracionalmente excedidos pelos seus gostos sumptuosos, e por duas vezes foi obrigado a declarar bancarrota.
Há poucos anos, com algum sucesso, tentou lançar a sua carreira pela terceira vez. Descobri-lhe até um site, que visito regularmente. Desejo sempre, quando me refiro a estas figuras que fazem parte do meu imaginário e a quem devo tão boas recordações, que tenham boa sorte.
Para mais, de P.J. recordo grandes versões de Somewhere e Maria, do West Side Story, de I Apologize, uma outra excentricidade em que a sua voz inicia a canção na zona mais grave da escala, para a terminar num falseto capaz de partir todos os vidros, e outras mais ligeiras, que fazem parte da minha discoteca e das quais não abdico de ouvir de vez em quando.

Poster PJ


Banda Sonora : Rockin’ Pneumonia and the Boogie Woogie FluP. J. Proby,

quarta-feira, setembro 07, 2005

Quando a ambição é bem-vinda

Costumo dizer que neste mundo já nada me espanta. Exagero. Com alguma regularidade, aparece uma ou outra surpresa para abalar estas minhas certezas.
Uma das mais recentes foi-me proporcionada por um músico norte-americano, Sufjan Stevens.
Sufjan é um músico extremamente dotado, com escola erudita e raízes folk, tendo começado há poucos anos (é novo) a fazer-se notado. Em 2003 surpreendeu a cena musical ao anunciar que tencionava fazer um álbum dedicado a cada um dos estados norte-americanos, começando pelo da sua origem, o Michigan, e que se intitulou “Greetings from Michigan the Great Lake State”.Tratou-se de uma obra de grande fôlego, onde Stevens fazia


Flint (For the Unemployed and Underpaid)





um retrato musical e descritivo da sua terra, decomposto em 15 faixas onde, ao mesmo tempo fazia alarde do seu talento como executante (toca ao longo do álbum mais de 20 instrumentos), o que seria um bom augúrio para o que prometia.
Mas são 50 os estados norte-americanos, e como dizia há uns tempos atrás com alguma graça a revista Uncut, nem os Yes ou os Magma, nos seus tempos mais produtivos, teriam expectativas que os levassem tão longe. Eu acescentaria, que nem Frank Zappa, de quem pouca gente terá toda a discografia, e eu que sou um Zappista de sempre, tenho algum conhecimento de causa.
Com efeito, num tempo em que a maioria dos músicos (ou grupos), demoram normalmente ano e meio a dois anos (quando não mais) a ultimar novo trabalho, propor-se um tal empreendimento, pareceu-me pretensioso e de uma ambição quase delirante.
Para mais, no ano seguinte lançou um álbum fora desta sequência, “Seven Swans”, este mais intimista, cheio de pequenas canções de amor e fé na vida, cantadas num tom quase confessional, que encanta à primeira audição.

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Mas este ano, Sufjan voltou à tarefa que se tinha proposto, e editou um álbum dedicado, desta vez, a Illinois, um estado com um peso enorme na música note-americana, afinal é onde se situa a Motown. E se o álbum dedicado ao Michigan era de qualidade superior, desta vez Stevens excede-se e percorre o estado, tocando-lhe os tons e os sabores. Porque a música dele é perfumada, plena de tonalidades. As teias musicais, que combinam o folk e no pop na medida exacta, deixam sons suaves a pairar no ar. As suas líricas vão buscar inspiração, tal como no álbum dedicado ao Michigan, às suas paisagens, aos habitantes, a nomes que fazem a história do estado, como o serial-killer John Wayne Gancy, ou AlCapone, parecendo-nos por vezes que estamos a ouvir uma pequena opereta, dividida em 22 pequenas, mas extraordinárias, peças delicadas e sedutoras.

Concerning the UFO Sighting near Highland, Illinoi’s




Continuo apreensivo quanto à possibilidade de Sufjan conseguir concretizar o que se propôs. É que à média de um álbum por ano, ser-lhe-iam necessários ainda mais 48 para atingir o desiderato. Mais complicado ainda, porque manter um nível a rondar a excelência, é difícil, mesmo para um sobredotado como Stevens demonstra ser a cada novo trabalho.
Mas enquanto nos for presenteando com preciosidades destas, perdoe-se-lhe a ambição, ou a extravagância de uma expectativa quase irrealista.

Nota: Extremamente curiosos alguns títulos, bem demonstrativos da sempre presente criatividade de Sufjan. Um exemplo : “A conjunction of drones simulating the way in which Sufjan Stevens has an existencial crisis in The Great Godfrey Maze


(Para ouvir a segunda música, basta desligar a primeira)

sábado, setembro 03, 2005

A música cool de Georgie Fame

A música não é só feita dos grandes nomes. Ou antes, nem sempre alguns daqueles que mais gostamos de ouvir consegue alcançar a fama de quês os julgamos credores. É assim com Georgie Fame, um músico que quase diria, me acompanha desde sempre.
E no entanto, a sua carreira começou, nos anos 60, com um enorme êxito que atingiu o top de vendas na Grã-Bretanha de forma fulgurante, e que cujo título, curiosamente, seria um termo muito usado para designar alguma música de então: “Yeah! Yeah!”.
Georgie Fame, cantor e pianista, é um músico desde sempre muito chegado ao Rythm’n’Blues inglês, por vezes com uns tons mais jazzy, mas sempre com um estilo muito particular, arejado, uma música sem grandes sofisticações técnicas, mas evoluída o bastante para que a sua colaboração seja desde sempre, muito apreciada por grandes nomes da sua área musical
A sua primeira abordagem à cena musical londrina foi feita através da actuação no circuito dos grandes clubes da então capital mundial da música, hábito que até hoje nunca perdeu, e onde conheceu outros músicos que então faziam cartaz na “swinging London”.
Apoiado num pequeno grupo, os Blue Flames (a ex banda de Billy Fury, e da qual fez parte), conseguiu a notoriedade com algumas canções ligeiras, muito ao estilo de então, e a “Yeah, Yeah”, seguiram-se mais dois sucessos que atingiram os tops, “Getaway” e “The Ballad of Bonnie and Clyde”.
Por mim, sempre apreciei a sua versatilidade, a capacidade para cantar e tocar músicas mais soul ou funky, como “Papa’s got a brand new bag”, ou pequenas baladas e cançonetas de amor, como “Try my World” ou “Sitting in the Park”, músicas muito tocadas em todas as discotecas de Lisboa, ou muito especialmente, no Louisiana, em Cascais
Papa's got a brand new bag



Da sua qualidade e versatilidade, falam as muitas parcerias para que tem sido convidado, desde uma com Alan Price (o celebrado ex-organista dos Animals), que deu origem a um LP excelente, “The Price of Fame", ao convite de Bill Wyman para fazer parte dos seus Rythm Kings, um meeting de estrelas, e gravar "Anyway the Wind Blows".

Mas o “casamento” mais profícuo tem sido com o seu companheiro de night clubs desde há décadas, Van Morrison, com quem já gravou vários álbuns, dos quais devo destacar “Tell me Something”, em que o duo, acompanhado por Ben Sidran e Mose Allison, tocam músicas deste último, um grande nome do jazz branco. Uma verdadeira pérola, apesar de por cá ter passado quase desapercebido.

No trouble living – Georgie Fame, van Morrison, Mose Allison & Ben Sidran



Passados estes anos todos, ainda ouço com aquele prazer quase juvenil e alguma nostalgia, as velhas canções de Georgie, a sua música sempre muito cool, ao mesmo tempo que aguardo sempre com muita curiosidade os seus novos trabalhos que vão aparecendo cada vez mais espaçados